Homem de 58 anos foi preso em flagrante em Campinas durante operação da Polícia Federal contra o compartilhamento de imagens de abuso sexual infantil na internet.
O aposentado preso, na terça-feira (3), por suspeita de aliciar crianças na internet teria se passado por adolescente para forjar relacionamentos e pedir imagens com conteúdo sexual, segundo a Polícia Federal (PF).
O homem tem 58 anos e foi preso em flagrante na Vila Castelo Branco, em Campinas (SP), durante operação contra o compartilhamento e armazenamento de imagens de abuso sexual infantil.
De acordo com a PF, o aliciamento acontecia através do aplicativo Snapchat. As investigações apontam que ele atraía as vítimas pelo aplicativo e depois pedia que enviassem imagens com conteúdo de abuso sexual.
A delegada da Polícia Federal em Campinas, Estela Beraquet Costa, informou que as vítimas eram atraídas pelas redes sociais e, depois, as interações aconteciam em aplicativos de mensagens. Entenda como o suspeito agia, abaixo.
· o aliciador começa o contato pelas redes sociais;
· normalmente, ele se passa por uma criança ou adolescente, às vezes de outro sexo, e inicia um tipo de relacionamento;
· depois, a interação passa a acontecer por um aplicativo de mensagens;
· o aliciador começa a pedir imagens para as crianças com quem conversa, e acaba obtendo o conteúdo de abuso sexual infantil
Ainda segundo a delegada, o aposentado morava sozinho. Há evidências de que o suspeito acessava o conteúdo infantil há ao menos dois anos.
Operação da PF
Além desse suspeito, mais um homem, um desempregado de 46 anos, foi preso na Vila Industrial durante a operação na metrópole.
A PF também cumpriu quatro mandados de busca e apreensão, três em Campinas e um em Bragança Paulista (SP).
Todos os mandados foram expedidos pelas 1ª e 9ª Varas Federais da metrópole. Ao todo, 30 policiais federais participaram da ação.
Em Bragança Paulista nada foi encontrado, mas dois celulares foram apreendidos e vão passar por perícia.
A operação Mão Protetora II busca identificar autores e colher elementos de prova relacionados aos crimes de compartilhamento e do armazenamento de material com conteúdo de abuso sexual infantil, previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A pena máxima somada para esses delitos pode chegar a 13 anos de reclusão.
PF faz operação contra crimes de abuso sexual infantil na região de Campinas (SP). — Foto: Polícia Federal