Estudo conduzido por pesquisadores e professores dos institutos de Economia e Filosofia e Ciências Humanas da universidade, foi publicado em setembro, na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
Uma pesquisa da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) apontou que o aumento de 1ºC na temperatura pode elevar em até 40% os casos de dengue em Campinas. O estudo, conduzido por pesquisadores e professores dos institutos de Economia e Filosofia e Ciências Humanas da universidade foi publicado em setembro, na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical.
Foi considerado para a pesquisa, dados mensais de incidência da doença registrados pela Secretaria Estadual de Saúde, entre janeiro de 2023 e dezembro de 2022, com as médias de temperatura mensal no mesmo período estabelecidas pelo Cepagri (Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura) da Unicamp.
Modelos estatísticos
Ainda que o fato de que o calor aumenta a existência do mosquito da dengue, já seja conhecido, o levantamento usou modelos estatísticos para averiguar o nível do impacto. O ano de 2024 teve temperaturas acima do esperado em todos os meses, segundo o Cepagri.
No primeiro modelo estatístico, o aumento de 1ºC na média histórica de temperatura implicaria em 20% de aumento de casos de dengue, sendo 12.4% no mesmo mês e 8,4% no mês seguinte.
Já no segundo, o aumento de 1ºC poderia levar a um aumento de 16,8% na incidência de casos de dengue, podendo chegar no máximo a 40% em dois meses.
O estudo investigou também a relação entre o aumento de chuvas e a quantidade de casos. Porém, os cálculos indicaram que a temperatura é mais importante para configurar um crescimento.
Mortes
Campinas confirmou, na última segunda-feira (04), mais três mortes por dengue, totalizando 80 óbitos este ano. Com 120.216 casos confirmados, a cidade vive sua pior epidemia da doença.
Pesquisa da Unicamp aponta que o aumento de 1ºC na temperatura pode elevar em até 40% os casos de dengue em Campinas
Foto: Agência Brasil
