Com defasagem nos preços, gasolina e diesel podem sofrer novos aumentos nos próximos dias
O preço da gasolina vendida pela Petrobras está atualmente 5% mais barato que o valor de referência internacional praticado no Golfo do México, o que pode resultar em um aumento de até R$ 0,14 por litro para equiparar os preços. Essa defasagem também afeta o diesel, que está 1% abaixo do valor de mercado global, com uma expectativa de reajuste de até R$ 0,04 por litro, segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).
De acordo com a Abicom, a defasagem de preços tem fechado as janelas de importação de gasolina há 20 dias em polos importantes do país, como Itaqui, Suape, Paulínia, Araucária, Itacoatiara e Aratu, dificultando a atuação dos importadores.
O último aumento no preço da gasolina pela Petrobras foi em julho de 2024, com um reajuste de R$ 0,20 por litro. Já o diesel teve uma redução de R$ 0,30 em dezembro de 2023 e está com os preços congelados desde então. A expectativa agora é de que ambos os combustíveis possam sofrer novos aumentos, especialmente com o aumento da cotação do petróleo no mercado internacional.
A refinaria Acelen, que detém 14% do mercado de refino no Brasil, já aumentou o preço do diesel em R$ 0,03 na semana passada, alcançando a paridade internacional. No entanto, a empresa ainda mantém uma defasagem de 7% no preço da gasolina, o que pode abrir espaço para um reajuste de até R$ 0,19 por litro.
A importação de diesel também foi interrompida recentemente, aumentando as preocupações de novos reajustes de preços no mercado interno.
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