Equipe econômica confia na recuperação da economia doméstica e prevê crescimento próximo a 3% neste ano
O Ministério da Fazenda avalia que os cortes de juros nos Estados Unidos, previstos até o final deste ano, podem contribuir para a valorização do real e reduzir as pressões inflacionárias no Brasil, criando condições favoráveis para uma possível redução da taxa Selic em 2025.
A equipe econômica aposta que o Federal Reserve (Fed), liderado por Jerome Powell, iniciará em setembro um ciclo de queda nas taxas de juros, conforme indicado recentemente. A desvalorização do real, que levou o dólar a quase R$ 5,80, é atribuída a diversos fatores, incluindo incertezas domésticas que, segundo o ministério, estão sendo gradualmente resolvidas.
Entre os fatores domésticos que contribuíram para a volatilidade cambial, destacam-se a divisão no Banco Central durante as reuniões do Copom, falhas na comunicação do governo sobre a política monetária, e a crise política envolvendo a Medida Provisória do PIS-Cofins.
Com a expectativa de cortes nos juros pelo Fed e a Selic ainda em dois dígitos no Brasil, o país pode atrair mais capital estrangeiro, contribuindo para a valorização do real. Esse movimento reduziria as pressões inflacionárias e poderia abrir espaço para uma diminuição da Selic a partir de 2025.
O Ministério da Fazenda mantém uma visão otimista, prevendo que o PIB do Brasil poderá crescer perto de 3% em 2024, acima das previsões formais anteriores de 2,5%.
Prédio do Ministério da Fazenda e Receita Federal na avenida Prestes Maia, zona central da capital.
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