A Operação “Lauandi” investiga uma organização criminosa especializada em fraudes cibernéticas, falsificação de documentos, estelionato e lavagem de dinheiro. Equipes cumprem mandados em Sorocaba e em outras cidades do estado
A Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca e apreensão durante uma operação contra fraudes cibernéticas e lavagem de dinheiro, deflagrada na terça-feira (2), no interior de São Paulo.
Ao todo, mais de 17 mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Sorocaba (SP), Votorantim (SP), Ibiúna (SP), Paulínia (SP), Marília (SP), Peruíbe (SP) e Imperatriz (MA). Foram apreendidos diversos dispositivos eletrônicos, como celulares, documentos, veículos, dinheiro, cartões bancários, entre outros materiais utilizados na falsificação de documentos.
Também foram cumpridas ordens judiciais para o sequestro de bens móveis e imóveis, bloqueio de contas bancárias e custódia de criptoativos.
A Operação “Lauandi” investiga uma organização criminosa especializada em fraudes cibernéticas, falsificação de documentos, estelionato e lavagem de dinheiro.
Segundo as investigações, o grupo conseguiu grandes quantias de dinheiro por meio de fraudes contra o Estado e empresas, além da comercialização de dados pessoais. Os valores eram direcionados para contas movimentadas por empresas falsas, com o apoio de um contador.
Os investigados responderão pelos crimes de falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas somadas podem ultrapassar 20 anos de prisão, segundo a PF.
A Polícia Federal começou a investigar as fraudes da organização em agosto de 2020, a partir de uma informação encaminhada pela Caixa Econômica Federal, que continha dados sobre 91 benefícios do Auxílio Emergencial fraudados, no valor de R$ 54.600, quantia que teria sido desviado para duas contas bancárias, uma de pessoa física e outra de pessoa jurídica, em Indaiatuba (SP). A partir disso, a Delegacia de Polícia Federal de Campinas (SP) identificou milhares de outras fraudes.
Parte dos envolvidos no esquema também estava localizada nos estados de Goiás e Rondônia. Eles recebiam valores de aproximadamente 360 contas do Auxílio Emergencial, fraudadas por meio do pagamento de boletos e de transferências bancárias.
Fonte: g1 – Campinas, SP
Foto: Polícia Federal/Divulgação