Omeprazol: por que o remédio está sendo cortado das receitas e como ele pode ser substituído com segurança

Uso prolongado do medicamento pode causar deficiência de nutrientes e outros efeitos adversos; especialistas explicam quando ele é necessário e quando há alternativas seguras

Durante décadas, o omeprazol foi sinônimo de protetor gástrico e parecia inofensivo, um comprimido que muita gente tomava todos os dias antes do café da manhã. Mas o entendimento médico sobre ele mudou. Assim como outros remédios do mesmo grupo, o medicamento interfere na acidez do estômago e no funcionamento do corpo.

O que é e por que pode ser problemático

Esses medicamentos pertencem à classe dos inibidores da bomba de prótons (IBPs), fármacos que reduzem a produção de ácido no estômago. Além do omeprazol, fazem parte da categoria o pantoprazol, esomeprazol, lansoprazol e similares. Embora eficazes, eles deixaram de ser vistos como soluções sem risco.

Quando foi lançado, o omeprazol representou um marco no tratamento de úlceras e refluxo. O alerta não é novo, mas ganhou força com estudos recentes. O uso prolongado do omeprazol pode reduzir a absorção de micronutrientes como ferro, magnésio, cálcio e vitamina B12. A carência desses nutrientes pode causar anemia, fadiga, cãibras e osteopenia.

Além disso, aumenta, ainda, o risco de infecção intestinal por Clostridioides difficile, uma bactéria que pode causar diarreia grave. Também favorece o supercrescimento bacteriano no intestino delgado (SIBO) e, segundo estudos observacionais, pode estar relacionado à doença renal crônica e a fraturas.

Quando o uso é realmente indicado

Apesar das restrições, os especialistas reforçam que o omeprazol continua sendo essencial em vários casos. Há pacientes que precisam usá-lo continuamente, como aqueles com esôfago de Barrett, esofagite eosinofílica ou necessidade de gastroproteção por uso crônico de anti-inflamatórios.

Quem pode trocar por novas opções

Embora essencial em alguns casos, nem todos os pacientes precisam seguir com o omeprazol. Os médicos ressaltam que pessoas com sintomas leves, refluxo intermitente ou sem lesão visível no esôfago podem migrar para tratamentos mais brandos.

A decisão de prescrever, cortar ou de substituir o omeprazol deve ser tomada por um médico, e nunca sem supervisão.

Fonte/Reprodução: g1 Saúde

Foto: AdobeStock

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