Nos testes iniciais, realizados com seis pacientes, cinco deles apresentaram melhora significativa
Um medicamento experimental desenvolvido por pesquisadores da UFRJ em parceria com o laboratório Cristália tem mostrado resultados inéditos no tratamento de lesões graves na medula espinhal. A substância, chamada Polaminina, é produzida a partir de proteínas extraídas da placenta humana e aplicada diretamente na medula logo após o trauma.
Nos testes iniciais, realizados com seis pacientes, cinco deles apresentaram melhora significativa: saíram de um quadro de tetraplegia completa para um nível em que recuperaram parte dos movimentos e da sensibilidade. Um dos casos mais emblemáticos foi o de um paciente que voltou a andar após o tratamento associado à fisioterapia precoce.
Embora ainda não esteja disponível para uso clínico, o estudo aponta que a Polaminina pode se tornar um avanço importante para quem sofre com lesões medulares recentes ou até mesmo crônicas. A expectativa é que, com aprovação da Anvisa e novos testes clínicos, o medicamento possa chegar aos hospitais nos próximos anos.
Bruno Drummond Freitas – Foto: Arquivo Pessoal