ONS recomenda retorno do horário de verão, e Lula terá a palavra final; medida pode gerar economia de R$ 400 milhões e evitar o uso de termelétricas.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) recomendou, após uma reunião realizada no Rio de Janeiro nesta quinta-feira (19), o retorno do horário de verão. A decisão final ficará a cargo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deverá se posicionar após consultar ministérios e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
De acordo com o Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a medida ainda está sendo analisada. Silveira afirmou que não está totalmente convencido de que o horário de verão seja a melhor solução e que outros instrumentos estão sendo avaliados. No entanto, ele garantiu que a decisão será baseada em critérios técnicos e científicos, sem interferências políticas.
A expectativa é que a decisão final seja tomada dentro de até dez dias. Caso o retorno seja aprovado, haverá um período de adaptação para a sociedade. A economia prevista com o horário de verão gira em torno de R$ 400 milhões, contribuindo para evitar o acionamento de termelétricas mais caras e a antecipação do fim da bandeira vermelha.
O horário de verão foi extinto em 2019, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, sob a justificativa de que a economia de energia não era significativa. Contudo, setores como o de restaurantes e hotéis defendem a volta da medida, alegando que ela impulsiona suas atividades comerciais, especialmente durante os meses de maior movimento.
A reunião do ONS contou com a presença de autoridades do setor elétrico, incluindo membros do Ministério de Minas e Energia, Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e Empresa de Pesquisa Energética, além de outros órgãos envolvidos na gestão do sistema energético do país.
Comitê recomenda volta do horário de verão.
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