CFM proíbe anestesia geral e sedação para tatuagem, mas pomadas seguem liberadas; entenda ponto a ponto

Decisão foi publicada no Diário Oficial da União na segunda (28). Segundo o texto, procedimentos reparadores com indicação médica são exceções

Após a morte de um influenciador durante uma sessão de tatuagem, em que teria sido usada anestesia geral, o Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou uma resolução que proíbe médicos de aplicar sedação, anestesia geral ou bloqueios anestésicos periféricos com fins exclusivamente estéticos.

A medida, que já está em vigor, gerou dúvidas entre tatuadores e clientes, especialmente sobre o uso de pomadas anestésicas de uso tópico, muito comuns em sessões de tatuagem. O CFM informou que essas pomadas seguem liberadas, já que não envolvem procedimentos invasivos ou atos restritos a médicos.

Confira a seguir, algumas perguntas mais importantes sobre o que mudou — e o que continua permitido — com a nova norma.

O que exatamente foi proibido pelo Conselho Federal de Medicina?

A Resolução CFM nº 2.436/2025, publicada no Diário Oficial da União, em 28 de julho, proíbe médicos de realizarem qualquer tipo de anestesia para permitir tatuagens. Isso inclui:

·                 Anestesia geral;

·                 Sedação (leve, moderada ou profunda);

·                 Bloqueios anestésicos periféricos.

A norma vale para qualquer região do corpo e qualquer tamanho de tatuagem, quando não há indicação médica formal.

Que riscos estão associados ao uso de sedação ou anestesia geral para tatuagens?

Segundo alguns médicos, entre os principais riscos estão:

·                 queda abrupta de pressão;

·                 crises de arritmia ou asma;

·                 broncoaspiração (quando alimento do estômago vai para os pulmões);

·                 hipoxemia (falta de oxigênio nos tecidos).

Além disso, a anestesia geral bloqueia a respiração espontânea, exigindo intubação e ventilação mecânica — o que só deve ocorrer em ambiente hospitalar.

O que motivou essa discussão? Houve algum caso recente?

Sim. Em janeiro de 2025, o empresário e influenciador Ricardo Godoi, de 46 anos, morreu após uma sessão de tatuagem. Segundo relatos, ele teria sido submetido a anestesia geral em uma clínica em Itapema (SC). O caso gerou repercussão nacional e aumentou a pressão por regras mais claras e seguras.

O que muda, na prática, com essa resolução?

A medida proíbe a prática que vinha se tornando comum entre celebridades: contratar anestesistas ou equipes médicas para aplicar sedação ou anestesia geral durante sessões de tatuagem de longa duração. Agora, médicos que realizarem esse tipo de anestesia, fora do contexto permitido, poderão ser punidos por infração ética.

Fonte/Reprodução: g1

Foto: Reprodução/Instagram e Capone Club

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