Câmara dos Deputados aprova em 1º turno a PEC da Blindagem

O presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) pautou a proposta em meio à discussão sobre a urgência do PL da anistia. Foram 353 votos a favor, 134 contra e uma abstenção

A Câmara dos Deputados aprovou, em primeiro turno, na noite de terça-feira (16), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que ficou conhecida como PEC da Blindagem. O texto protege parlamentares de processos criminais. Parlamentares governistas tentaram retirar o projeto da pauta, mas não conseguiram. A aprovação em primeiro turno teve 353 votos a favor, 134 contra e uma abstenção.

Na terça, a proposta ganhou um novo relator. O texto estava sob a responsabilidade do deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG), mas Motta colocou o deputado Cláudio Cajado (PP-BA) na função, após dificuldades nas negociações da proposta, cuja votação foi adiada mais de uma vez.

Entre outras mudanças, o texto de 2021 prevê que caberá ao Congresso Nacional decidir sobre a abertura de processos contra deputados e senadores. Os parlamentares votariam secretamente para decidir também sobre prisões, que só poderão ocorrer em casos de flagrante de crimes inafiançáveis.

O presidente Hugo Motta declarou que a decisão de incluir o texto na pauta se deu após “abusos” que teriam sido sofridos por deputados e senadores.

Durante a leitura de seu relatório, Cajado afirmou que o texto não defende privilégios aos parlamentares.

Leia os principais pontos da proposta:

·       Blindagem: desde a expedição do diploma para assumir os cargos (o que se dá antes da posse propriamente dita), deputados e senadores só poderão ser julgados pelo Supremo Tribunal Federal e só poderão ser alvos de medidas cautelares provenientes do STF;

·       Prisão: parlamentares não poderão ser presos, a partir da diplomação, a menos que sejam pegos em flagrante em crime inafiançável (como racismo, tráfico de drogas, terrorismo, tortura, entre outros);

·       Presidentes de partidos: o texto de Cajado prevê que presidentes nacionais de partidos políticos com representação no Congresso também sejam julgados apenas pelo STF por infrações penais comuns;

·       Decisão do Congresso: as Casas Legislativas precisarão ser avisadas pelas autoridades em até 24 horas para decidir pela manutenção ou revisão da prisão dos deputados e senadores. Essa decisão se dará por voto secreto.

Fonte/Reprodução: Correio Braziliense – Política

Foto/crédito: Kayo Magalhães / Câmara dos Deputados)

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