Atendimentos de saúde mental aumentam 39% entre adolescentes da região de Campinas, e especialistas alertam para cuidado com redes sociais

A recomendação é que familiares e pessoas próximas fiquem atentos aos sinais de alerta

O número de adolescentes atendidos por ansiedade e depressão, na rede pública da região de Campinas (SP), aumentou 39% em um ano. Especialistas alertam para cuidados nessa fase da vida, principalmente em relação às redes sociais, que podem levar à piora da saúde mental.

Ao longo de 2023, foram 1.405 atendimentos. No ano seguinte, o índice saltou para 1.964. O dado, enviado pela Secretaria de Estado da Saúde, inclui jovens como a Aline Calori, que recebeu o diagnóstico aos 14 anos. A mãe Flávia Calori conta que a jovem isolou-se no próprio quarto.

As duas viram o momento mais difícil ficar para trás com ajuda de remédios e acompanhamento psicológico. Agora aos 17 anos, na fase pré-vestibular, Aline afirma que consegue contornar melhor o nervosismo e a tristeza.

“A terapia me ajudou muito a entender meus sentimentos, como poderia lidar com eles, como eu posso ser mais gentil comigo mesma no meu dia a dia, que eu não preciso me sufocar tanto, me pressionar tanto”.

De acordo com a psicóloga Débora Queiroz, a busca por pertencimento e o excesso de informações e conexões virtuais são fatores que podem agravar a ansiedade natural dessa fase da vida. “O adolescente, quando olha para aquele influencer, aquele post, ele imagina que aquilo seja legal”.

A recomendação é que familiares e pessoas próximas fiquem atentos aos sinais de alerta. Mudanças no comportamento podem indicar que é hora de buscar a ajuda de profissionais da psicologia e psiquiatria.

Veja alguns deles:

·                 mudança no apetite e hábitos alimentares;

·                 reações mais agressivas ou irritadas;

·                 isolamento social exagerado;

·                 hábitos saudáveis podem ajudar.

Débora Queiroz reforça a importância de orientar jovens sobre horários para dormir. Ela conta também que é preciso incentivar a prática de atividades físicas e a construção de relações saudáveis_. “Quanto melhor a gente tiver o sono regulado, melhor vai ser para regular o humor”._

“Uma alimentação mais adequada; a gente sabe que o adolescente é mais complicado. Isso ajuda muito na regulação do humor. A gente precisa olhar, também, para as conexões do dia a dia. Ele está tendo exercício físico, conexões reais? Quais são as atividades?”

Fonte: G1

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