Universitária autista de 21 anos foi mantida em cativeiro pelo namorado; suspeito está preso
Uma jovem universitária de 21 anos, residente em Sumaré, foi resgatada em estado de choque após ser sequestrada e mantida em cativeiro pelo namorado em Paulínia. A vítima, que tem Transtorno do Espectro Autista (TEA), estava desaparecida desde o último domingo (21) e foi localizada na tarde desta quarta-feira (24) em um imóvel no Conjunto Habitacional Parque dos Jequitibás.
Os policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Americana libertaram a jovem, que foi encontrada trancada e traumatizada. Ela foi imediatamente levada para atendimento médico e depois encaminhada ao Instituto Médico Legal (IML) de Americana para a realização de exames, devido à suspeita de abuso sexual e drogadição.
A investigação começou após um boletim de ocorrência registrado na delegacia de Sumaré. A DIG assumiu a apuração e rapidamente identificou o namorado da vítima como principal suspeito. Durante a abordagem, ele resistiu em fornecer informações, mas acabou confessando sobre o cativeiro. No local, os policiais encontraram a vítima em um ambiente desarrumado, com porções de maconha e cocaína.
A participação do pai do suspeito na coautoria do crime será investigada. Além disso, a polícia está tentando localizar uma mulher que, durante o desaparecimento, ligou para os familiares da jovem, pedindo que deixassem de procurá-la. “Ainda não temos a informação da participação dessa mulher e de que forma estaria auxiliando nesse caso”, explicou o delegado Filipe Rodrigues de Carvalho.
Antes do resgate, o namorado levou a jovem até a delegacia em Paulínia, onde registraram um boletim de ocorrência informando que ela estava com ele por vontade própria, numa tentativa de despistar a polícia. “Trata-se de uma clara maneira de despistar uma ação policial contra ele”, acrescentou o delegado.
A jovem continua recebendo cuidados médicos e psicológicos para tratar do trauma sofrido. A polícia segue investigando o caso para garantir que todos os envolvidos sejam responsabilizados.
foto: policia civil
