Reconhecimento da OMS destaca avanços do SUS na prevenção, diagnóstico e tratamento durante o pré-natal
O Brasil foi reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como o maior país do mundo a alcançar a eliminação da transmissão do HIV de mãe para filho, conhecida como transmissão vertical, como problema de saúde pública. O anúncio foi antecipado pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante participação no programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), na sexta-feira (15).
Segundo o ministro, representantes do Conselho do Unaids — Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS — e da própria OMS devem visitar o país nesta semana para a entrega oficial da certificação ao governo brasileiro. Para Padilha, o resultado reflete diretamente a atuação do Sistema Único de Saúde (SUS). “Esse avanço foi possível graças à estrutura e à capilaridade do SUS”, afirmou.
Entre as principais estratégias destacadas estão a oferta de testes rápidos de HIV nas unidades básicas de saúde, a testagem de rotina durante o pré-natal e a disponibilização gratuita de medicamentos antirretrovirais, tanto para gestantes quanto para recém-nascidos, quando necessário.
Dados do Ministério da Saúde mostram que, em 2024, houve redução de 7,9% nos casos de gestantes vivendo com HIV e queda de 4,2% no número de crianças expostas ao vírus. Outro indicador relevante foi a diminuição de 54% nos casos de início tardio da profilaxia neonatal. O país mantém a taxa de transmissão vertical abaixo de 2% e a incidência da infecção em crianças em menos de 0,5 caso por mil nascidos vivos, parâmetros exigidos pela OMS para o reconhecimento internacional.


