Inflação desacelera em junho com queda nos preços de passagens aéreas e combustíveis, mas alimentos pressionam índice

De acordo com dados divulgados pelo IBGE nessa quarta-feira (10), a inflação teve uma desaceleração em junho, registrando um aumento de 0,21%. A queda nos preços das passagens aéreas e de alguns combustíveis contribuíram para a redução do índice, porém o grupo de Alimentos e Bebidas avançou o dobro do IPCA no mês, impedindo um alívio maior no indicador.

Em maio, o IPCA tinha alcançado 0,46%. O índice de junho ficou abaixo das expectativas do mercado e, em 12 meses, a alta de preços atingiu 4,23%, superando a expectativa para o ano.

Os alimentos, que tiveram um aumento de 0,44% em junho, são do grupo que mais tem pressionado a inflação, devido ao seu peso significativo no IPCA. A alta é reflexo do fenômeno climático El Niño, da tragédia no Rio Grande do Sul e da valorização do dólar, levando os analistas a aumentarem as expectativas para a inflação de produtos alimentícios neste ano.

No entanto, em junho, o aumento dos preços dos alimentos, tanto dentro quanto fora de casa, foi menor. A alimentação no domicílio teve um avanço de 0,47%, contra 0,66% em maio. Já a alimentação fora de casa variou 0,37%, abaixo dos 0,50% registrados em maio.

Em 2020, a inflação de junho registrou uma queda de 0,08%. Esse foi o último índice negativo de inflação na economia brasileira, influenciado principalmente pela redução nos preços dos alimentos (-0,66%) e nos itens do grupo de transportes (-0,41%).

Fonte: O Globo

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