Último contato de Mariana Conti ocorreu antes da ação das forças israelenses
A vereadora licenciada de Campinas, Mariana Conti (PSOL), está entre os brasileiros que integravam a Flotilha Global Sumud, missão internacional que partiu com o objetivo de levar alimentos, medicamentos e suprimentos à população da Faixa de Gaza. O grupo, formado por mais de 40 embarcações de diferentes países, foi interceptado por forças de Israel entre a noite de terça-feira (30) e a madrugada de quarta-feira (1º), em trecho de águas internacionais.
De acordo com relatos de participantes, Conti fez seu último contato pouco antes da ação militar, quando a comunicação já era considerada instável. A assessoria da parlamentar informou que houve instruções para que os tripulantes desligassem os celulares diante do risco de abordagem.
Além de Mariana, outros brasileiros participavam da missão, entre eles a deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) e o ativista Thiago Ávila, apontado como um dos porta-vozes da iniciativa. Informações preliminares indicam que pelo menos 12 cidadãos brasileiros foram detidos durante a operação.
O Itamaraty emitiu nota oficial pedindo garantias de segurança aos participantes e classificando o episódio como violação de direitos humanos. Já os organizadores da flotilha condenaram o que chamaram de “intervenção ilegal” e exigiram a imediata liberação das pessoas e embarcações.
A Flotilha Sumud nasceu em 2025 com apoio de movimentos de mais de 40 países. Sua proposta é simbolizar a resistência civil contra o bloqueio imposto a Gaza e chamar atenção da comunidade internacional para a crise humanitária no território palestino.
Foto: Divulgação/internet
