Saúde mental e esportes: como a luta transformou a vida da publicitária Thaís Toda

Após enfrentar anos de depressão, paulinense redescobriu a força para se levantar e inspirar outras pessoas

Recentemente, a paulinense Thaís Toda foi destaque no Globo Esporte ao apresentar sua relação com o tatame. Após passar por um longo período depressivo, ela encontrou esperança, na luta. Nas redes sociais, a publicitária compartilha com os seguidores a rotina e os treinos que se tornaram parte importante de seu dia, sempre com o objetivo de incentivar outras pessoas.

Thaís já tinha o hábito de treinar na academia, mas prezava por resultados estéticos, e não fazia pela saúde mental. Após o nascimento do filho Tomás, ela sofreu alterações de humor, chamadas “baby blues”, que são causadas por hormônios ainda descontrolados, mas o quadro se desenvolveu e a depressão se instalou. Thaís começou a tomar medicamentos que impactavam em seu físico e com isso, se tornou sedentária.

“Eu fazia todas as coisas que precisava, mas por dentro era um vazio silencioso. Quando a gente não entende o que está acontecendo, fica ainda mais difícil pedir ajuda. Hoje eu sei que depressão não é fraqueza, não é falta de gratidão e não some sozinha, ela precisa de atenção, tratamento e rede de apoio”, relembra Thaís.

Essa foi a realidade por 6 anos, até ela perceber que precisava fazer algo para mudar de vida. Thaís decidiu se movimentar por meio da defesa pessoal: conheceu o Muay Thai e o boxe, depois mudou para o jiu-jitsu, que virou sua paixão. Sua trajetória alcançou pessoas ao seu redor, que também se motivaram a praticar esportes. A atleta reforça, “a luta é meu porto seguro, minha terapia e compromisso comigo mesma. Não troco, não falto e não negocio.”

Thaís também toca bateria junto com sua família, um sonho antigo que ela colocou em prática ao perceber que é necessário aproveitar as oportunidades da vida. Hoje, a atleta busca um condicionamento físico para participar de competições No-Gi, tipo de luta que não usa kimono. “No tatame, aprendi a recomeçar quantas vezes for preciso, a cair e levantar, a respirar no meio do caos. O esporte me lembra todo dia que viver é movimento e que eu nasci para escalar, mesmo quando a mente tenta me prender.”

Foto: Arquivo pessoal

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