De acordo com as investigações, mensagens de áudio e texto trocadas entre Malafaia e o ex-presidente revelam que o pastor orientava e incentivava a publicação de ataques contra ministros da Corte
A Polícia Federal apontou, em relatório de 170 páginas, que o pastor Silas Malafaia teria pressionado o ex-presidente Jair Bolsonaro a afrontar decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O documento também indicia Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro, por diferentes crimes relacionados à tentativa de interferir no julgamento da trama golpista.
De acordo com as investigações, mensagens de áudio e texto trocadas entre Malafaia e o ex-presidente revelam que o pastor orientava e incentivava a publicação de ataques contra ministros da Corte. A apuração indica que as ações teriam sido previamente planejadas e disseminadas de forma organizada, em múltiplos canais digitais, com grande alcance e impacto sobre o público ligado à sua influência, condutas comparadas pela PF às chamadas “milícias digitais”.
O relatório mostra ainda que Malafaia chegou a determinar a Bolsonaro horários específicos para a publicação de conteúdos em suas redes sociais, em uma estratégia coordenada para ampliar a repercussão das mensagens.
Foto: Divulgação/internet