Desemprego cai para 5,8% no 2º trimestre, menor nível da série histórica, segundo IBGE

A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 6% no período

A taxa de desemprego brasileira recuou mais do que o esperado e atingiu 5,8% no segundo trimestre, marcando o resultado mais baixo na série histórica iniciada em 2012, mantendo o cenário de um mercado de trabalho aquecido no país, com novo recorde de renda.

Com a leitura divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa mostrou forte redução em relação aos 7,0% do primeiro trimestre, ficando ainda abaixo da expectativa da pesquisa da Reuters, de 6%.

No mesmo período do ano anterior, a taxa de desemprego era de 6,9%.

Ainda no período de abril a junho, o rendimento médio mensal real de todos os trabalhos chegou a R$ 3.477, o que também marcou um recorde. Isso representa crescimento de 1,1% ante o trimestre de janeiro a março deste ano e de 3,3% sobre o mesmo período do ano anterior.

O mercado de trabalho vem se mostrando aquecido e dando suporte à atividade econômica, especialmente ao consumo das famílias, favorecendo os gastos. No entanto, esse cenário com renda em alta dificulta o controle da inflação, especialmente na área de serviços.

Banco Central manteve, na véspera, a taxa básica de juros Selic em 15%, antecipando manutenção por período bastante prolongado.

Agora, entretanto, pesam sobre as perspectivas as tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Na quarta-feira, ele impôs uma taxa de 50% sobre a maioria dos produtos brasileiros, e excluiu setores como aeronaves, energia e suco de laranja das taxas mais elevadas.

Nos três meses até junho, o IBGE aponta que o número de desempregados caiu 17,4% em relação ao primeiro trimestre e chegou a 6,253 milhões, um recuo ainda de 15,4% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Já o total de ocupados aumentou 1,8% no trimestre, alcançando 102,316 milhões, um avanço de 2,4% na comparação anual.

Os trabalhadores com carteira assinada no setor privado atingiram um contingente recorde de 39,020 milhões no primeiro trimestre, alta de 0,9% em relação aos três meses anteriores. Os trabalhadores que não tinham carteira assinada aumentaram 2,6%, atingindo 13,539 milhões.

A taxa de participação na força de trabalho, de 62,4%, e o nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), de 58,8%, também registraram recordes no período.

**Fonte/Reprodução: **Reuters

**Foto: Divulgação/Internet –  **spacemoney.com.br

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