Um dos maiores equipamentos culturais da metrópole, teatro, está fechado desde 2011
Campinas (SP) entregou, na manhã desta quinta-feira (10), a obra do Centro de Convivência Cultural (CCC), fechado desde 2011. A conclusão encerra um impasse de 14 anos em que um dos maiores equipamentos culturais da metrópole ficou sem uso. Agora, o Executivo inicia a fase de implantação operacional, compras de equipamentos e realização de testes para abrir ao público.
A reforma do Convivência passou uma série de problemas, contestações, suspensões de licitações e atrasos ao longo dos anos. A última previsão do governo municipal era de que a reforma seria entregue em maio, o que aconteceu dois meses depois. Segundo a administração, o adiamento foi por conta de materiais que precisavam de importação, além de mão de obra.
Após a conclusão da obra, a Secretaria de Infraestrutura entregou o complexo à Secretaria de Turismo, que vai iniciar os procedimentos legais de contratação de serviços.
A ideia da prefeitura é realizar, entre julho e setembro, licitações para a gestão do restaurante/café, sistema de bilheteria, equipe de operação, segurança, câmeras e mobiliário para todos os ambientes do teatro.
Um chamamento público para doações de mobiliário, lustre e equipamentos eletrônicos também já foi aberta e as propostas podem ser enviadas até 30 de agosto.
A partir de outubro, o Centro de Convivência entrará em fase de realização de “eventos piloto”. Ou seja, serão feitos testes, como shows, exposições e apresentações artísticas, para lançar a programação oficial em 2026.
A reforma foi entregue em uma solenidade no teatro, na manhã desta quinta-feira, com apresentação de uma companhia de dança. Neste sábado, o Teatro de Arena Teresa Aguiar, que fica na área externa do complexo, será reaberto ao público com um concerto gratuito da Orquestra Sinfônica da cidade. O evento faz parte da comemoração dos 251 anos da metrópole.
O que foi feito:
· Novas instalações e automação da luminotécnica de toda a área do complexo, iluminação cênica, áudio e vídeo e a cenotecnia;
· Estrutura do piso do palco e fosso da orquestra;
· Maquinaria cênica totalmente motorizada;
· Estrutura metálica da passarela técnica e urdimento (armação posicionada ao longo do teto do palco que permite o funcionamento e fixação dos dispositivos cênicos).
Segundo a prefeitura, um dos grandes diferenciais do novo Centro de Convivência Cultural será a infraestrutura para tradução simultânea e cabine para áudio descrição, além da instalação da concha acústica e rebatedores de som para apresentações da Orquestra Sinfônica de Campinas, que terá o local como nova casa.
O equipamento existe em poucos teatros do Brasil, de acordo com secretária. Por outro lado, não foi possível recuperar o famoso lustre que ficava no espaço. Para substituí-lo, a administração prometeu a colocação de uma estrutura nos mesmos moldes.
O custo de R$ 62,4 milhões foi dividido entre um aporte do governo estadual de R$ 30 milhões e um financiamento da prefeitura com a Caixa Federal da outra metade, com prazo de dez anos para pagamento.
Histórico e estrutura
Inaugurado em 9 de setembro de 1976, o Centro de Convivência Cultural foi projetado pelo arquiteto Fábio Penteado.
O complexo tem 6 mil m² de área, sendo 4 mil m² de área externa, onde fica o Teatro de Arena, com capacidade para 3 mil pessoas.
Na área interna, que tem 2 mil m², há saguão, 6 salas (de espetáculo, de ensaio, técnica e administrativas), teatro com 500 lugares, 4 galerias e 10 camarins (6 individuais e 4 coletivos, sendo um para PCD).
Há banheiros masculino e feminino e PCD no espaço do café, no teatro, na praça e nas áreas administrativas.
Fonte/Reprodução: G1 Campinas, SP
Foto: Divulgação/Internet – PMC