Vacina oral da poliomielite será substituída por dose ainda mais eficiente

Mudança acontece até o dia 4 de novembro.

O Ministério da Saúde informou que o esquema vacinal contra a poliomielite no país será alterado até o dia 4 de novembro de 2024, com a substituição das duas doses de reforço da vacina oral poliomielite bivalente (VOPb), conhecida como gotinha, pela vacina inativada poliomielite (VIP), que é injetável.

A decisão se deu por critérios epidemiológicos, evidências científicas sobre a vacina e recomendações internacionais para deixar o esquema vacinal ainda mais seguro. Além disso, a nova estratégia para o uso da VIP é mais um passo na erradicação da poliomielite no Brasil.

A substituição no Brasil foi amplamente discutida em Reunião da Câmara Técnica Assessora em Imunizações (CTAI) e recebeu aval do colegiado. A decisão contou com a participação dos representantes de sociedades científicas, com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) e acompanhamento da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Países como os Estados Unidos e nações europeias já utilizam esquemas vacinais exclusivos com a VIP.

Esquema vacinal

O esquema vacinal atual abrange três doses da VIP aos 2, 4 e 6 meses e duas doses de reforço da VOPb, a gotinha, aos 15 meses e aos 4 anos.

A partir de 4 de novembro, com a VOPb deixando de ser aplicada, será preciso apenas uma dose de reforço com VIP, aos 15 meses, de modo que o esquema vacinal com o referido imunobiológico será: 2 meses (1ª dose) / 4 meses (2ª dose) / 6 meses (3ª dose) e 15 meses (dose de reforço).

O Ministério da Saúde já enviou recomendações aos estados para que desenvolvam ações e preparem seus municípios para a retirada da VOPb e a substituição das doses de reforço.

Avanço das coberturas vacinais

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem se destacado positivamente no avanço das coberturas vacinais, mesmo após enfrentar quedas desde o ano de 2016. A vacinação contra a poliomielite no país é uma das causas do resultado positivo.

No ano passado, a cobertura vacinal para poliomielite alcançou 86,55%, ante os 77,20% em 2022. Os dados estão contidos na Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS).

De acordo com Ministério da Saúde, a vacina inativada poliomielite (VIP) é mais segura e eficiente

Foto: Erasmo Salomão/ MS

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